No Brasil as Mulheres são as Mais Atingidas pela Doença
As mulheres foram o foco da campanha do Dia Mundial do Diabetes de 2017. Segundo a Federação Internacional do Diabetes (IDF, sigla em inglês), instituição idealizadora desta campanha lembrada sempre em 14 de novembro, aproximadamente 199 milhões de mulheres vivem hoje com diabetes no mundo. Até 2040, a estimativa é de que esse número chegue a 313 milhões.
No mundo, o diabetes ainda é um pouco mais frequente nos homens, totalizando 215,2 milhões de casos (aproximadamente 6% da população mundial), mas no Brasil as mulheres seguem na contra mão e já são a maioria. A pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada neste ano pelo Ministério da Saúde, revela que 9,9% das mulheres brasileiras têm diabetes, enquanto que nos homens a prevalência é de 7,8%.
Com base na população total brasileira, podemos estimar que aproximadamente 10,4 milhões de mulheres e 7,7 milhões de homens vivem com diabetes no País. “Embora pouco discutida, a relação mulher-diabetes merece atenção especial”, avalia Dr. Antônio Chacra, endocrinologista e coordenador do Centro de Diabetes do Hospital Sírio-Libanês.
Segundo explica o médico, fatores biológicos femininos aumentam os riscos para o diabetes, como:
Diabetes gestacional – Síndrome em que a paciente tem dificuldade de absorver o açúcar no sangue. Após o nascimento do bebê, a doença regride, mas é preciso controlá-la durante a gravidez, pois mulheres que desenvolvem diabetes gestacional têm um risco maior de ter a doença de forma crônica com o passar dos anos.
Menopausa – Com o fim da menstruação, o corpo passa por uma série de transformações. Entre elas, destaca-se o ganho de peso, principalmente na região da cintura, que também é um fator que pode elevar o risco para o diabetes tipo 2.
Cerca de 90% dos casos de diabetes são do tipo 2, também conhecido como diabetes adquirido. Esse tipo de diabetes pode ser prevenido,pois está relacionado à obesidade, ao sedentarismo e à alimentação inadequada.Os outros 10% referem-se ao diabetes tipo 1, caracterizado pela dependência de insulina. Nesses casos, geralmente iniciados na infância ou na adolescência, há uma baixa produção de insulina pelo pâncreas, pois o organismo passa a atacar equivocadamente as células que produzem esse hormônio.
“Assim como com todas as doenças, quanto mais cedo o diabetes for diagnosticado, melhor será seu controle, o que é fundamental para evitar complicações”, lembra Dr. Chacra.
O tratamento do diabetes envolve dieta equilibrada, exercícios físicos e terapia com insulina. Com a avanço da ciência, novos medicamentos têm surgido e possibilitado às pessoas com diabetes uma qualidade de vida cada vez melhor.
Fonte: Hospital Sírio Libanês