Controlar a celulite é mais simples do que parece
Celulite é um termo utilizado para designar a aparência irregular do tecido gorduroso. Tecnicamente, é chamada de Paniculopatia Fibroesclerótica ou Lipodistrofia Ginóide.
Esta alteração que se instala progressivamente pode ser dividida em quatro fases:
Estágio 1: só é visível quando de fato realizamos a preensão da área afetada.
Estágio 2: as células gordurosas aumentadas comprimem os vasos que as irrigam. A drenagem da área fica comprometida, fazendo com que o líquido e as toxinas que deveriam ser eliminadas comecem a acumular. O aspecto em casca de laranja já pode ser decerto percebido com a paciente de pé.
Estágio 3: inicia-se a formação de traves fibrosas ao redor da gordura. Muitas ondulações já podem ser percebidas. A circulação fica ainda mais reduzida. É comum a sensação de peso e fadiga nas pernas.
Estágio 4: a fibrose é acentuada e a circulação local está muito comprometida. As ondulações podem apresentar-se endurecidas e a região pode apresentar-se dolorosa a palpação.
Algumas medidas como exercícios aeróbicos e drenagem linfática auxiliam a drenagem do tecido gorduroso, evitando de fato a progressão da celulite. Além disso, o uso de calças apertadas e certas medicações, como pílula anticoncepcional, facilitam a retenção de líquido e podem agravar o quadro. A gravidez, assim como o excesso de peso também pioram a celulite, tornando a flacidez da pele mais evidente.
Os exercícios aeróbicos estimulam a drenagem e auxiliam no controle do peso, com o propósito de combater a flacidez muscular. Atualmente, admite-se que exercícios que priorizam otônus muscular, como o pilates e a yoga, são melhores para atenuar o aspecto da celulite.
O tratamento ideal deve focar cada fator que participa da evolução da celulite. Os cremes, por exemplo, têm uma ação coadjuvante, melhorando a hidratação e a flacidez. Além disso, se usados durante massagem, eles estimulam a drenagem.
O ultrassom, utilizado em equipamentos, como o Manthus e Heccus, tem a capacidade de provocar a implosão da célula de gordura. Alguns aparelhos como o Ultra Shape e Ultra Cavity utilizam ultrassom de alta intensidade, gerando uma destruição ainda maior de células.
A endermologia também é item obrigatório no tratamento. A combinação de sucção com a massagem melhora a irrigação e a drenagem local. Da mesma forma, o laser pode reduzir a camada de gordura e aparece associado à endermologia em aparelhos como o Smooth Shapes. Já a radiofrequência e raios infravermelhos estimulam a formação de colágeno e também podem ser combinados com a endermologia, como no Vela Shape. Quanto mais complexa a tecnologia, mais o tratamento pesa no bolso.
Mulheres mais jovens, sem flacidez e com celulite nos estágios 2 para 3 talvez não percebam grande vantagem nos aparelhos de última geração, mas gastarão cinco vezes mais se optarem por um aparelho que combina a endermo com a radiofrequência ou o laser.
Já os estágios mais avançados merecem um investimento maior. Se há fibrose intensa, técnicas de subcisão complementam o tratamento e áreas com atrofia podem melhorar com técnicas de preenchimento. Pode-se associar medicações que melhoram a circulação e suplementos que participam da formação de colágeno. A mesoterapia também pode ser indicada.
O comprometimento da paciente é portanto imprescindível. Após um tratamento de choque, será preciso manutenção periódica, uma vez que a celulite tende a continuar evoluindo.
Fonte: Minha vida